O período considerado mais importante da arquitectura grega é aquele que se desenvolve entre o séculos VII a.C. e IV a.C.
A arquitectura helénica fez nascer vários tipos de construções, entre estas estavam as casa de habitação, teatros, palestras, ginásios, pórticos, no entanto esta arquitectura concentra-se na construção direccionada ao tema religioso, os templos, estes monumentos estabeleceram os princípios construtivos, técnicos e estéticos que serviram de exemplo para os restantes edifícios. Esses princípios nasceram da uma permanente pesquisa matemática, mecânica, física e geométrica o que demonstra o espírito racional e científico dos Gregos na procura de soluções ideais, dessa árdua pesquisa recolheram as primeiras noções de medida, proporção, composição e ritmo pelas quais qualquer concretização plástica se deveria reger.
De entre a prática e a teoria nasceram as ordens arquitectónicas, medidas e relações ente todos os elementos construtivos, a forma desses elementos e a decoração que comportavam (relevos, estatuária e pinturas) tornando a arquitectura um exercício racional e científico.
Inicialmente a construção dos templos é feita em madeira, no entanto, na época clássica, os Gregos constoem os seus templos em pedra, geralmente mármore, seguindo o sentido trilítico, e obedecendo a uma planta tipo, rectangular e períptra, cuja origem resulta da evolução do mégaron ou sala do trono dos palácios micénicos.
Planta tipo de um templo Grego:
1- Pronaos : espécie de pórtico de entrada no templo;
2- Cella ou Naos: sala onde se guardava a estátua do Deus
3- Opistodómus: compartimento do alçado posterior do templo onde se guardavam as ofertas feitas ao Deus e outros objectos de valor
4- Peristilo (ou perístases): corredor coberto que circunda exteriormente o templo
As regras de construção dos templos gregos variavam entre as formas e dimensões da ordem dórica e da ordem jónica.
A ordem dórica é a ordem mais antiga, tendo sido originada no continente grego, durante a época arcaica, cerca de 600 a. C. Estes templos possuem proporções robustas e uma decoração sóbria, precisamente geométrica, o que lhes atribui um aspecto maciço e pesado que tem sido associado ao espírito masculino e guerreiro dos Dóricos, o povo que a inventou. Contudo a ordem, simetria e equilíbrio atribuiu a esta ordem uma sensação ilusória de deformação óptica aquando do vislumbramento dos templos. Estudando-os meticulosamente os historiadores actuais encontraram estas deformações que desvirtuavam a perfeição destes templos, no entanto os arquitectos gregos souberam corrigir estas deformações matematicamente, de modo a que o observados distinga o templo como absolutamente regular.
Nascida na época arcaica, a ordem dórica sofreu uma significativa evolução na passagem para a época clássica: as proporções adelgaçaram-se, o capitel tornou-se mais geométrico e as métopas anteriormente lisas, passaram a ter uma decoração escultórica. Estas alterações conferiram uma maior elegância aos templos desta ordem.
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